COP 22 discutirá implementação do Acordo de Paris

A 22º Conferência das Partes (COP 22) começou no último dia 7, na cidade de Marrakech, no Marrocos. Até o dia 18 deste mês, delegações de países dos cinco continentes discutirão a implementação do Acordo de Paris, aprovado na COP 21, em 2015, e que entrou em vigor no último dia 4. Até o momento, 192 países assinaram o Acordo e cem nações já o ratificaram, entre elas o Brasil.

Além de discutirem a implementação do Acordo, as partes também debaterão ações para garantir investimentos de aproximadamente US$ 100 bilhões por ano, a serem feitos por países desenvolvidos, para ajudar as nações em desenvolvimento a combaterem a mudança global do clima.

“Agora que o mundo inicia a implementação do Acordo de Paris, o sucesso da COP 22 é extremamente importante. A entrada em vigor do Acordo colaborará com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A maneira que nós, como comunidade global, planejamos, implementamos e monitoramos nosso trabalho deve refletir a necessidade de cumprirmos as metas estabelecidas em Paris”, disse a administradora do PNUD, Helen Clark.

Ainda segundo Helen Clark, o PNUD trabalha em conjunto com seus parceiros para apoiar os países em desenvolvimento nos seus esforços para combaterem a mudança do clima e alcançarem o desenvolvimento sustentável.

Na opinião do assessor sênior do PNUD Brasil, Haroldo Machado Filho, a COP 22 será o começo da implementação dos instrumentos para garantir que a temperatura global do planeta não suba acima dos 2ºC. “A entrada em vigor do Acordo de Paris é um evento histórico. Mas ainda há muito a ser feito. A COP 22 dá início a um processo de regulamentação do Acordo, e o verdadeiro desafio é transformar as palavras em ação, ou seja, a sua real implementação”, disse.

Para a segunda semana da Conferência, 60 chefes de Estado e de governo já confirmaram presença.

Acordo de Paris

No mês de setembro, o Acordo de Paris, após ser aprovado pelo Congresso Nacional brasileiro, foi ratificado pela Presidência da República. Assim, o Brasil adotou, internamente, os compromissos estabelecidos para diminuir as emissões. Até 2025, a meta é diminuir em 37,5% as emissões de gases de efeito estufa, em relação aos dados de 2005. Restaurar e recuperar 12 milhões de hectares de florestas e promover o uso de bionenergia sustentável também fazem parte do plano do país para ajudar a combater o aumento da temperatura global.

Atualmente, o Brasil é responsável por 2,48% das emissões em nível mundial, segundo o Ministério do Meio Ambiente.