Participantes do painel destacaram a importância de discutir a implementação dos ODS nos municípios, tendo em vista as eleições de outubro.
O segundo dia do 9º Congresso GIFE, ocorrido nesta quinta-feira (31/3), teve debates sobre governança colaborativa, inovação na política, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a importância do jornalismo para a democracia, entre outros temas.
No painel sobre a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que compõe a Agenda 2030 estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU), os participantes apontaram que 2016 é um ano importante para debater os ODS nos municípios, já que haverá eleições municipais em outubro.
Segundo Oded Grajew, da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades Sustentáveis, para que a agenda seja cumprida é preciso vontade política. “Os problemas podem ser complexos, mas as soluções são simples. Se outros municípios em outros países já resolveram, é possível. Houve vontade política e prioridades”, destacou, lembrando que uma nova plataforma do Programa Cidades Sustentáveis será lançada em abril com a inclusão dos ODS municipais.
“Inovar no setor público é quase impossível”, observou Vladimir Azevedo, prefeito de Divinópolis (MG), referindo-se às dificuldades estruturais e desafios relativos à gestão dos recursos humanos na esfera pública. A cidade de 230 mil habitantes é a 10ª maior do estado e 97% urbana. Algumas iniciativas têm sido tomadas para o cumprimento da agenda, entre elas, o prefeito destacou um projeto de agricultura familiar que gera merenda escolar e o transporte público, totalmente adaptado para a acessibilidade. “A Frente Nacional de Prefeitos está comprometida com essa agenda”, ressaltou.
David Schmidt, coordenador-geral, de projetos especiais da Secretaria Nacional de Articulação Social, reforçou que esse comprometimento também existe por parte do governo federal e que a proposta para a formação do Conselho Nacional de ODS já está tramitando. “Com essas medidas, teremos boas condições de articular e coordenar iniciativas em torno dos ODS”, explicou.
Para Vera Masagão, da Abong, um dos pontos-chave do tema ODS é a questão da desigualdade. “No Brasil, temos um bom ponto de partida que é uma sociedade civil relativamente bem organizada. Temos maiores chances de enfrentar esses desafios complexos que temos pela frente”, afirmou.
Confira aqui a matéria completa sobre o segundo dia do 9º Congresso GIFE.