Tendo em conta que 13 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão vinculados a agricultura e a silvicultura, as cooperativas agrícolas podem desempenhar um papel decisivo na hora de cumprir as ODS da Organização das Nações Unidas.
A agenda 2030 das Nações Unidas reconhece as conexões existentes entre a agricultura sustentável, o empoderamento dos pequenos agricultores, a erradicação da pobreza rural, a inclusão social e o acesso a estilo de vidas sustentável. Enquanto que empresas cuja a prioridade são as pessoas, as cooperativas podem contribuir a alcançar os 17 objetivos, que se concentram em acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir a prosperidade de todas as pessoas.
Afim de promover as associações de múltiplos atores sociais do setor agropecuário, a 56ª sessão da Comissão de Desenvolvimento Social das Nações Unidas (CSocD56) realizou um evento paralelo na construção da resiliência nas áreas rurais.
Durante a reunião foi analisado como as cooperativas podem ajudar a erradicar a pobreza e promover a prosperidade, e o que os governos, a sociedade civil e as Nações Unidas podem fazer para oferecer um melhor apoio aos agricultores e suas cooperativas.
Daniela Bas, da divisão de Desenvolvimento Social das Nações Unidas, presidiu o evento e fez uma apresentação sobre o tema descrevendo como a pobreza, a fome e a falta de um futuro viável podem levar a migrações para cidades e outros países.
Pesquisa realizada em 2017 pela COPA, o Comitê de Organizações Profissionais Agrícolas, e Cogeca, a Confederação Geral de Cooperativas Agrícolas da União Europeia, revelou que os membros do setor agropecuário estavam preocupados por suas perspectivas econômicas futuras, sobre todo devido à incerteza em torno da evolução do mercado global e do comércio.
Thomas Magnusson, presidente de Cogeca, foi um dos conferencistas que participaram na discussão. Atualmente, Cogeca representa 40 mil cooperativas agrícolas que dão emprego a cerca 660 mil pessoas e cujo o faturamento anual global supera os 300 milhões de euros em toda a Europa.
Magnusson destacou o papel das cooperativas na luta contra a pobreza, oferecendo aos agricultores um melhor acesso aos mercados, adicionando valor e melhorando a resiliência rural: “As cooperativas agrícolas desempenham um papel chave na melhora das vidas de milhões de pequenos agricultores e suas famílias, impulsionando o crescimento e o emprego nas áreas rurais. Oferecem aos agricultores um melhor acesso aos mercados e garantem um maior rendimento de seus produtos. Assim mesmo, ajudam os agricultores a ser resilientes em tempos de crise. Hoje, processam e comercializam cerca de metade da produção do setor agrícola. Nós garantimos a competitividade, aportando um valor agregado e melhoria da resistência rural. Graças aos nossos esforços coletivos, a agricultura europeia está alcançando um nível de anti-fragilidade que repercutirá na próxima geração”, destacou Magnusson.
Ele apontou que as cooperativas estão permitindo que os agricultores se posicionem na cadeia alimentar e adotem soluções digitais para economizar em custos de insumo e fazer frente aos desafios do setor. “Pesquisa e inovação impulsionadas pela demanda, a formação e os serviços de consultoria, e o apoio financeiro para investir em novas tecnologias são cruciais para ele”, afirmou Magnusson.
O movimento cooperativista afirmou seu compromisso com a agenda das ODS em 2016, em uma reunião de alto nível com a presença de Daniela Bas, Carla Mucavi (FAO) e outros representantes da ONU. Desde então, mais de 300 cooperativas tem utilizado a plataforma Co-ops for 2030 da Aliança Cooperativa Internacional (www.coopsfor2030.coop) para descrever como estão contribuindo para implantar a agenda do desenvolvimento das Nações Unidas.
Redação EasyCOOP com informações da Aliança Cooperativa Internacional