Fundação Abrinq realiza, com apoio da Estratégia ODS, debate sobre a proteção de crianças e adolescentes

No final de setembro, a Fundação Abrinq, com apoio da Estratégia ODS e cofinanciamento da União Europeia, realizou a 21ª edição do Encontro Anual da Rede Nossas Crianças. Com o tema Um olhar para a proteção das crianças e dos...

No final de setembro, a Fundação Abrinq, com apoio da Estratégia ODS e cofinanciamento da União Europeia, realizou a 21ª edição do Encontro Anual da Rede Nossas Crianças. Com o tema Um olhar para a proteção das crianças e dos adolescentes o evento, realizado pela segunda vez consecutiva de forma online, reuniu profissionais de diversas áreas como educação, assistência social e saúde e que atuam em organizações da sociedade civil. 

O encontro teve como objetivo promover o debate sobre quais medidas de proteção estão sendo pensadas e implementadas pelas organizações para reduzirem a desigualdade social perante a retomada das atividades presenciais.

“Acreditamos que promover momentos com as organizações para que possamos aprender mais sobre determinados assuntos ou para que elas possam compartilhar suas vivências entre si é fundamental para instituirmos um trabalho em conjunto e avançarmos na garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. Este encontro tem isso como objetivo: fortalecer o trabalho em prol da infância e adolescência no Brasil”, comenta Victor Graça, gerente executivo da Fundação Abrinq. 

Para falar sobre o Enfrentamento a todas as formas de violações contra crianças e adolescentes e os impactos da pandemia, a Fundação convidou Joana Garcia, doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, que iniciou as apresentações. Na ocasião, Joana explicou o que é violência, quais maneiras ela pode se manifestar e refletiu sobre os desafios do cenário atual. 

“O maior volume de informações que nós temos sobre violência e violação está concentrado em um segmento social de famílias empobrecidas e crianças desprotegidas por privação material. Nós estamos em um país profundamente desigual, então é preciso que a gente ao pensar em proteção, pense também nas formas de fazer chegar a essas famílias, que são demandadas a proteger, as condições necessárias para que elas possam proteger”, expõe a profissional durante sua fala. 

Seguida pela palestra denominada Estratégias para proteção de crianças e adolescentes no (pós) pandemia – cuidados com a saúde mental, a Aline Cayres, psicóloga e doutora em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), relacionou a saúde mental e a gestão pública, assim como apresentou as peculiaridades do contexto da pandemia. 

“A pandemia não acabou, então quando falamos de estratégias e da retomada, ainda estamos falando no contexto dela e pensamos a saúde mental atravessada por este aspecto. Já tínhamos desafios prévios e eles permanecem”, explica Aline. 

Como uma estratégia importante para a retomada das atividades presenciais, a psicóloga ressalta a importância de proporcionar momentos de escuta: “É importante pensar em estratégias de um cuidado ampliado, pensando em projetos que possam amplificar a escuta, seja uma roda de conversa, espaço para debate ou alguma outra possibilidade de poder oferecer um caminho para manifestações e expressões, sejam mais artísticas ou de depoimentos. Isso traz um conforto tanto para a equipe quanto para as crianças que estão retomando os processos”, relata. 

A terceira e última palestra, ministrada pelo Cláudio Oliveira, analista de responsabilidade social da MSC Brasil, falou sobre Setor privado – qual o seu papel para a promoção de oportunidades

Ao longo de sua exposição, Cláudio mostrou as boas práticas de responsabilidade social da empresa e compartilhou como tudo começou: “Nós mapeamos todo o município de Santos – SP, verificando o que tínhamos de lei de incentivo, porque não tínhamos orçamento, e pensamos como poderíamos reverter isso para contribuir com o desenvolvimento de crianças e adolescentes no município. Nós tínhamos uma lei de incentivo municipal e dentro dela nós começamos a trabalhar alguns eixos, como a inclusão”, explica. 

Assista o evento completo:

Rede Nossas Crianças 

A Rede Nossas Crianças é composta por mais de 200 organizações da sociedade civil que integram ou já integraram o Programa Nossas Crianças da Fundação Abrinq. 

Criada em 1999, ela tem como objetivo mobilizar e promover o debate sobre temas pertinentes à infância e adolescência entre as instituições participantes, para que desenvolvam ações em conjunto e compartilhem experiências entre si. 

Anualmente, a Fundação realiza o Encontro Anual da Rede, no qual reúne as organizações espalhadas por todo o Brasil para discutirem algum tema fundamental ao momento e que impacta diretamente a vida das crianças e dos adolescentes.